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Proibir imprensa de entrevistar candidatos é censura prévia, decide ministro do STF

DEU NA CONJUR – Proibir jornalistas, radialistas e integrantes dos meios de comunicação de entrevistar, mencionar, elogiar ou mesmo criticar candidatos inscritos na disputa eleitoral de 2014 é censura prévia, vedada pela Constituição Federal. Com esse entendimento, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, concedeu liminar restabelecendo o direito de emissoras de rádio e TV do Sistema Beija-Flor de Comunicação, no Amapá, entrevistarem candidatos que disputam eleição no estado este ano. O Sistema Beija-Flor de Comunicação é formado por duas emissoras de TV e 16 rádios pertencentes à família de Gilvam Borges (PMDB-AP), que disputa uma vaga ao Senado Federal.

Ao julgar ação de investigação judicial eleitoral, o juiz substituto Carlos Tork, do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá, suspendeu, em liminar, o sinal das emissoras do grupo. Após Mandado de Segurança, o juiz eleitoral Vicente Pereira Gomes, do mesmo tribunal, proibiu as emissoras de comentar ou citar os nomes dos candidatos que disputam a eleição no Amapá, excluindo da decisão a exibição dos programas eleitorais gratuitos. O grupo ajuizou reclamação contra essa decisão alegando abuso no exercício da liberdade de imprensa.

Tal argumento foi levado em consideração pelo ministro Barroso. Segundo ele, a decisão do tribunal regional constitui censura prévia, que é vedada pela Constituição. O STF já decidiu que a liberdade de imprensa não pode ser objeto da restrição drástica imposta pela Justiça Eleitoral, de modo que eventuais excessos deveriam ser reparados pelos meios legais cabíveis. “A interrupção abrupta de toda e qualquer veiculação estaria em sentido diametralmente oposto ao que consagra a jurisprudência da Corte”, afirmou Barroso na decisão.

Barroso afastou a restrição imposta ao grupo e restabeleceu a liberdade de expressão, informação e imprensa. Isso não significa, segundo ele, “que as autoridades possam descurar do seu dever de fiscalizar e coibir eventuais direcionamentos indevidos”. Ele determinou à Justiça Eleitoral que fiscalize o cumprimento da legislação, assegurando tratamento igualitário aos candidatos.

Clique aqui para ler a decisão.

*Texto de Livia Scocuglia para a revista Consultor Jurídico. Publicado em 29 de setembro de 2014.

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ABI BAHIANA Notícias

Festa para o Dia do Jornaleiro!

Hoje é o dia do profissional que faz a informação chegar até você há mais de 150 anos no Brasil. O jornaleiro pode ser aquele que gerencia as bancas de jornais, que vende todo tipo de material informativo periódico como jornais, revistas, palavras-cruzadas e apostilas, ou, sobretudo, aqueles que vendem jornais nas ruas ou nos semáforos. Seja como for, todos são canal de informação. Nesta terça-feira, 30 de setembro, a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) parabeniza os responsáveis por garantir que notícias cheguem à comunidade todos os dias.

Um pouco de história…

Dados históricos contam que tudo começou com os negros escravos que saíam pelas ruas gritando as principais manchetes estampadas nas primeiras páginas do jornal ‘A Atualidade’ (primeiro jornal a ser vendido avulso, no ano de 1858). No século 19, imigrantes italianos chegaram ao Brasil e expandiram a atividade, paralela ao desenvolvimento da imprensa no País. Na época, os ‘gazeteiros’, como eram chamados, não tinham ponto fixo e carregavam os jornais nos ombros pelas ruas da cidade.

As primeiras bancas eram montadas sobre caixotes de madeira, com uma tábua em cima, onde os jornais ficavam expostos para venda. Com o passar dos anos e com a popularização do serviço, as bancas foram evoluindo e hoje existem em diversas estruturas. Atualmente, as bancas nem sempre estão instaladas em ruas. Há muitas dentro de estabelecimentos comerciais e o público que as frequenta é muito diversificado. Com informações do O Jornal de Hoje.

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