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Jornalistas recebem ameaças de grupos paramilitares na Colômbia

DEU NO PORTAL IMPRENSA – Grupos paramilitares da Colômbia, os chamados Los Urabeños e Los Rastrojos, publicaram uma lista com seus próximos alvos. Entre os que correm risco de vida estão dez jornalistas. Eles exigem que os profissionais peçam demissão e deixem as cidades onde trabalham.

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Dez jornalistas estão na lista de alvos dos grupos paramilitares – Foto: Reprodução/EFE

De acordo com o Blog Jornalismo nas Américas, aproximadamente 160 repórteres, ativistas de direitos humanos, advogados e lideranças sindicais foram diretamente apontados como alvos dos grupos, em setembro.

A ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) denunciou as ameaças e solicitou que as autoridades assegurem proteção aos profissionais de imprensa para tentar combater as crescentes intimidações no local.

Oito jornalistas que trabalham na região de Valle del Cauca, localizada no oeste da Colômbia, receberam um aviso no dia 28 de setembro, no qual o grupo diz que “aqueles que quebrarem a ordem direta imposta pelos Los Urabeños serão silenciados”.

A Fundação Colombiana pela Liberdade de Imprensa (FLIP) também denunciou ameaças alegando que “os atos ressaltam a situação crítica vivida por jornalistas do Valle de Cauca”. Apenas neste ano, a entidade registrou 10 agressões contra jornalistas na cidade, incluindo o assassinato de Yonny Steven Caicedo, que trabalhava como cinegrafista.

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Jornalistas são impedidos de assistir filme sobre corrupção da PM do Rio

DEU NA ABI (Associação Brasileira de Imprensa) – Com o objetivo de apresentar a cadetes da Polícia Militar do Rio de Janeiro  episódios marcantes para a corporação, e propor uma reflexão sobre o comportamento dos agentes envolvidos, cerca de 400 militares foram convidados a assistir ao documentário “ À queima roupa “, que será lançado em circuito no próximo dia 16. Também foram convidados acadêmicos, pelo menos um advogado e jornalistas, estes chamados pela diretora do filme e pela Diretoria Geral de Ensino e Instrução da Polícia Militar. Tudo teria transcorrido com tranquilidade se o comandante da Academia da Polícia Militar (Acadepol), coronel Luiz Claudio dos Santos Silva, e o subcomandante, tenente-coronel Louzada, não se opusessem à presença dos jornalistas. Todos foram convidados a se retirar do local.

O filme com direção de Theresa Jessouroun, que faz uma reflexão sobre crimes praticados por PMs nos últimos 20 anos, entre eles as chacinas de Vigário Geral, em 1993 — quando 21 pessoas foram assassinadas —, e da Baixada, em 2005 — com a morte de 30 civis,  foi apresentado na última sexta feira no Rio.

Durante a sessão, um fotógrafo chegou a ser hostilizado por cadetes sentados nos fundos da sala de exibição. Após a exibição houve debate entre os cadetes que, inclusive, criticaram o filme justificando que ele mostra somente um lado da PM. “Acharam que o documentário deveria mostrar o lado bom da PM também. O filme não é contra a PM. Ele mostra o que ela fez de errado. E é uma oportunidade para uma reflexão para que isso nunca mais volte a acontecer”, comentou a diretora que, apesar das críticas, avaliou o debate como positivo entre os cadetes.

Finda a discussão entre os militares, a diretora do documentário, Theresa Jessouroun, disse ter conversado com o comandante sobre a retirada dos jornalistas. “Disse que ele deu um tiro no pé. Porque ele perdeu uma grande oportunidade de mostrar que a Polícia Militar está aberta, transparente. Foi uma atitude contrária à proposta da exibição do documentário para os cadetes, que foi incitar uma discussão sobre o comportamento de PMs”, criticou.

Em nota, a Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que o comandante da Academia da Polícia Militar Dom João VI, coronel Luiz Claudio dos Santos Silva, tinha acordado com a imprensa que os jornalistas só participariam do evento até um determinado momento. Em seguida, ele seria restrito aos cadetes, já que a exibição do filme visava à instrução acadêmica.

* Por Kika Santos, com informações do Jornal O Globo.

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