Notícias

Associação Brasileira de Imprensa rejeita hostilidades a jornalistas

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) divulgou uma nota que trata do agravamento das hostilidades contra jornalistas e veículos de comunicação “neste momento particularmente delicado da vida do país” e pede paz nas manifestações previstas para os próximos dias. De acordo com a instituição, “a espiral de violência que prosperou ao longo do ano passado estimulou recentemente inaceitáveis episódios de intolerância política com graves ameaças à liberdade de imprensa e à própria democracia”, defende o documento publicado neste sábado (12).

A ABI expressa solidariedade às vítimas do que chamou de “inaceitável processo de intimidação” e diz apoiar a iniciativa da Associação Nacional de Jornais (ANJ), a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a Associação Nacional de Editores de Revistas (Anaer), a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abraer) em advertir as autoridades e alertar a opinião pública sobre as consequências imprevisíveis que novos atos dessa natureza produzirão sobre as garantias fundamentais.

“Esperamos que as manifestações previstas para os próximos dias ocorram de forma pacífica e que todos os profissionais de imprensa designados para a cobertura tenham absoluta liberdade em seu trabalho de levar a informação a toda a sociedade brasileira”, diz o documento, que é assinado pelo presidente da entidade, Domingos Meirelles, e diz ainda que não se pode tolerar que o Brasil repita em 2016 o “deplorável desempenho” do ano passado, quando a organização Repórteres Sem Fronteiras classificou o Brasil como o quinto país mais perigoso do mundo para o exercício da atividade jornalística. “Performance que ofende os valores de uma nação civilizada e cobre de vergonha a todos nós”.

publicidade
publicidade
ABI BAHIANA Notícias

Imprensa baiana repercute nota da ABI em apoio ao A Tarde

O gesto de solidariedade da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) em divulgar apoio público ao jornal A Tarde foi bem recebido pelos profissionais da imprensa baiana, que reconhecem a importância de um dos mais tradicionais veículos de comunicação do estado. Nas redes sociais, leitores replicaram o documento e se juntaram pela manutenção do centenário jornal, cuja crise ameaça postos de trabalho e fragiliza a missão da imprensa. Segundo a diretoria da ABI, o objetivo da nota é conclamar outras instituições – instâncias governamentais, culturais, organizações sociais e lideranças em geral – para que, com o seu apoio, contribuam para normalizar a situação.

Problemas de atrasos de salários e falta de receita para bancar o passivo estimado em quase R$ 150 milhões motivaram a venda do jornal para uma holding paulista, em janeiro deste ano. No entanto, a família do fundador Ernesto Simões Filho, que havia sido afastada do controle societário, retomou a direção do jornal no último dia 5 de março e mantém o funcionamento da empresa. Herdeiro de Ernesto Simões Filho, Renato Simões Filho agradeceu a nota de apoio emitida pela ABI. Em nome da família Simões, classificou de “muito equilibrada, confortadora, porque solidária, e geradora de estímulos na busca das soluções de que A TARDE necessita”.

A presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia (Sinjorba), Marjorie Moura, também se manifestou a respeito. “Agradeço imensamente o inestimável apoio da ABI e tenho certeza, do seu apoio pessoal, em nome dos colegas e de todos que entendem a importância de A Tarde para nosso estado e para a imprensa em geral”, ressaltou em correspondência ao presidente da ABI, Walter Pinheiro. Ela destaca que o Sinjorba tem acompanhado a situação do jornal e segue na luta para assegurar os direitos dos profissionais.

publicidade
publicidade