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Muniz Sodré abre a programação do Enecult com debate sobre cultura e crise

O XIII Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (Enecult) fará da Universidade Federal da Bahia (UFBA) um centro de discussões entre diferentes áreas do conhecimento no campo da cultura entre os dias 12 e 15 de setembro. Já na abertura, o jornalista e professor Muniz Sodré, referência na pesquisa em comunicação e cultura no país e na América Latina, apresenta a palestra “Cultura como crise” na Reitoria da UFBA, na terça-feira, 12, a partir das 18h, com transmissão em tempo real pela TV UFBA.

enecultApós a palestra de Muniz Sodré, o debate sobre cultura e crise continua com o poeta José Carlos Capinan, a professora da Universidade do Estado de Santa Catarina, Marlene de Fáveri, e a historiadora da UFBA Wlamyra Albuquerque. A discussão está prevista para começar às 19h30.

Embora seja graduado em Direito, mestre em Sociologia da Informação e Comunicação e doutor em Letras, Sodré já era jornalista antes de entrar na universidade. Ele inciou sua carreira no Jornal da Bahia, fundado pelo feirense João Falcão, falecido em 2011. “Participei da fundação do jornal como secretário de João Falcão, graças à minha habilidade com línguas. Um ano depois, passei para a redação, onde estavam Glauber Rocha, João Ubaldo Ribeiro, Ariovaldo Matos, José Gorender e outros”, contou em entrevista ao Globo Universidade (Rede Globo).

Desde então, publicou 33 livros nas áreas de Comunicação e Cultura, número que será ampliado com o livro “Pensar o Nagô”, pela editora Vozes, cujo lançamento encerrará a programação do primeiro dia do Enecult. Sua obra contesta a exclusividade greco-europeia na filosofia brasileira e defende um paradigma afro de pensamento.

Essa é a segunda vez que Sodré participa do Enecult – ele esteve presente na edição de 2007. Professor da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Sodré desenvolveu um olhar articulado entre comunicação e cultura, defendendo a superação da abordagem meramente mercadológica. Seu trabalho define a cultura a partir de forças basilares como o poder, a subjetividade e a identidade, e se afasta de concepções estruturalistas. Sua militância intelectual contribuiu também para o reconhecimento da comunicação no campo científico, a partir da superação da ideia de ciência como conhecimento fechado, exato e universal. Para ele, mais que estudo da mídia, a centralidade da comunicação estaria no processo de partilha de um comum vivido, elemento chave para a compreensão do século XXI.

  • Confira a programação aqui 

Informações de Edgardigital

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