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90 anos da morte de Ruy Barbosa são lembrados pela ABI e por faculdade

 

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e a Faculdade Ruy Barbosa lembraram no dia (1/3/2013) os 90 anos da morte do jornalista e jurista baiano Ruy Barbosa.

A data foi reverenciada com uma palestra do advogado Antonio Luiz Calmon Teixeira, presidente do Instituto dos Advogados da Bahia, no auditório do campus do Rio Vermelho da Faculdade Ruy Barbosa às 9h30.

O evento foi promovido pela Faculdade, pela ABI, pelo Instituto de Advogados da Bahia e pelo Grupo de Pesquisa “Contando e Recontando Ruy Barbosa”, coordenado pelas Professoras Ezilda Melo e Maria Helena Franca.

O advogado Antonio Luiz Calmon Teixeira é também presidente do Colégio de Presidentes dos Institutos de Advogados do Brasil. O presidente da ABI, jornalista Walter Pinheiro, o convidou e a iniciativa contou com a aquiescência do diretor da Ruy Barbosa, professor Rogério Flores.

A palestra foi dirigida a alunos do Curso de Direito, colegas e amigos do orador, diretoria da ABI e público em geral. A ABI e a Faculdade Ruy Barbosa, do grupo norte-americano DeVry, são parceiros na preservação e manutenção da Casa de Ruy Barbosa, localizada na rua do mesmo nome, imóvel em que o jurista baiano nasceu e onde estão objetos que lhe pertenceram, bem como livros, quadros e documentos.

Águia de Haia

Ruy Barbosa de Oliveira morreu aos 73 anos. Nasceu em Salvador em 5 de novembro de 1849 e morreu em Petrópolis em 1º de março de 1923. Foi jurista, político, diplomata, escritor, filólogo, tradutor e orador brasileiro. Considerado um dos intelectuais mais brilhantes do seu tempo, foi também um dos organizadores da República e coautor da constituição da Primeira República, juntamente com Prudente de Morais.

Ruy Barbosa atuou na defesa do federalismo, do abolicionismo e na promoção dos direitos e garantias individuais. Primeiro Ministro da Fazenda do novo regime, sua breve e discutida gestão foi marcada pela crise do encilhamento sob a proposição de reformas modernizadoras da economia. Destacou-se, também, como jornalista e advogado.

O jurista baiano foi ainda deputado, senador e ministro. Em duas ocasiões foi candidato à Presidência da República e empreendeu a Campanha Civilista contra o candidato militar Hermes da Fonseca. Notável orador e estudioso da língua portuguesa foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras, sendo presidente entre 1908 e 1919. Como delegado do Brasil na II Conferência da Paz, em Haia (1907), notabilizou-se pela defesa do princípio da igualdade dos estados. Sua atuação nessa conferência lhe rendeu o apelido de “O Águia de Haia”.

Teve papel decisivo na entrada do Brasil na Primeira Guerra Mundial. Já no final de sua vida foi indicado para ser juiz da Corte Internacional de Haia, um cargo de enorme prestígio, que recusou. Ruy fez seu testamento político na fórmula de um epitáfio, que ele mesmo escreveu para sua pedra funerária: “Estremeceu a Justiça; viveu no Trabalho; e não perdeu o Ideal”.

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