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Reality show criado por jornalista discutirá política e participação popular na internet

“O que você faz por um Brasil melhor?”. Essa é a pergunta lançada pelo Ipop Brasil, primeiro reality show que propõe reunir pessoas comuns para disputar provas que levarão à elaboração de um projeto de lei de iniciativa popular a ser apresentado ao Congresso Nacional. Segundo o Estado de Minas, o programa da ONG Iniciativa Pop Brasil está próximo de sua estreia, terá duração de três meses e será exibido pela internet, com a interação dos usuários. O portal já está no ar para a primeira fase, que consiste na escolha de um tema e na captação de patrocínio. O grupo espera conseguir cerca de R$ 520 mil – já foram captados 30% – para viabilizar o projeto. A cada semana, os participantes terão um desafio diferente, mas não ficarão confinados.

Os internautas devem votar em um dos 17 temas disponibilizados no site www.ipopbrasil.org. Depois de escolhido o assunto, os interessados devem mandar vídeos para expor suas ideias. Serão selecionados 20 participantes para compor cinco equipes com quatro pessoas. Serão eleitos aqueles que conquistarem mais visualizações na rede. A cada semana, eles terão reuniões, encontros com o corpo de jurados, palestras e tarefas, como visitar regiões para fazer pesquisa de campo sobre o tema que trabalham. As atividades serão gravadas e exibidas ao público.

O jornal Estado de Minas, destaca na edição de ontem o Ipop Brasil, chamando-o de “Big Brother da Política”. “O Brasil está prestes a conhecer um novo formato de reality show em que o debate político, que geralmente passa longe do dia a dia de competidores monitorados por telespectadores, será a estrela principal”, diz trecho.

O júri será composto pelo juiz Márlon Reis, do Movimento de Combate ao Crime Eleitoral (MCCE), o coordenador das promotorias eleitorais de Minas Gerais, Edson Resende, o cientista político Leonardo Avritzer, a doutoranda em ciência política, Izabela Corrêa, e a cocriadora do reality, Isabelle Anchieta, jornalista e socióloga. “A ideia é acionar a democracia participativa, divulgar informações sobre a lei de iniciativa popular para ativar esse mecanismo, que é complicado de usar e precisa de um grande número de assinaturas”, explicou Isabelle. Os dois grupos que forem classificados para a final terão de conseguir assinaturas em diferentes Estados para viabilizar a apresentação do texto ao Congresso Nacional. Se a proposta for aprovada pela Câmara, serão necessárias 500 mil adesões. Quem conseguir mais vence e, pode ver seu projeto de lei encampado pelos parlamentares.

*As informações são do Portal IMPRENSA.

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