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Sinjorba afirma que grave crise financeira motivou demissões do Grupo A Tarde

A atual conjuntura econômica, que é um desafio com grande impacto em diversos setores, atingiu em cheio as empresas de comunicação. Desde o ano passado, notícias relacionadas a demissões em massa ou até fechamento de portas se tornaram rotina. Na Bahia, o grupo A Tarde vem enfrentando os mesmos problemas financeiros que atingem os veículos impressos no Brasil e demitiu, na última terça (1º), trinta e cinco jornalistas entre as redações do centenário jornal A Tarde e do Massa!. No total, cerca de 150 funcionários teriam sido desligados. Em nota, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba) afirma ter participado de todo o processo de desligamento, de acordo com negociação entre o Sindicato e a Empresa, mediado pelo Ministério Público do Trabalho.

A entidade assegura que as demissões aconteceram “de forma respeitosa, com informações concretas sobre direitos e oferta de assessoria jurídica para dirimir dúvidas”. Segundo a presidente do Sinjorba, Marjorie Moura, as dispensas decorrem da crise econômico-financeira que alcança o país. “Parte dos colegas aderiu ao processo de demissão de forma voluntária, por possuírem projetos próprios”, diz trecho do documento.

O Sinjorba se prontificou a contribuir com os profissionais demitidos. “[Eles] serão auxiliados pelo Sinjorba, que manteve contatos com instituições ligadas ao empreendedorismo para fornecimento de cursos que estimulem os jornalistas a buscar reciclagem, noções de administração e outros conhecimentos que lhes forneçam instrumentos para que se insiram no mercado jornalístico, usando a expertise adquirida ao longo dos anos de exercício profissional”. O órgão classificou o momento como grave e fez pediu à imprensa que “evite noticiar especulações, em respeito ao grupo de jornalistas dispensados”.

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Ministério acata pedido de intermediação do sindicato após demissões na TV Bahia

O clima em afiliadas da Rede Globo por todo o Brasil não está dos melhores. Por causa de algumas alterações que serão feitas a partir de abril, uma onda de demissões atinge profissionais da rede. Nesta quarta-feira (4), o Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT-BA) definirá o procurador que acompanhará o pedido de intermediação feito pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba), após a demissão em massa de funcionários da TV Bahia e do portal G1, de Salvador e de Juazeiro, pertencentes à Rede Bahia. Na última segunda-feira (2/3), foi anunciada a demissão de 37 funcionários. Entre eles, o jornalista Jefferson Beltrão, que estava há quase uma década no comando do “BATV”, principal jornalístico da emissora, que até o momento não se pronunciou sobre o assunto.

Jefferson Beltrão
Jefferson Beltrão e Kátia Guzzo dividiam a bancada do jornal BATV – Foto: Reprodução/Rede Bahia

Outra jornalista que foi desligada do BATV é Katia Guzzo, que tem mais de 20 anos de experiência só na afiliada da TV Globo na Bahia. Ainda não foi esclarecido se Kátia também será desligada do grupo ou se será remanejada para alguma atividade interna. As informações são de que as demissões afetaram todo conglomerado de comunicação, como as rádios, os portais (G1, Ibahia e Correio 24H), além do jornal Correio.

O procurador-chefe do MPT, Alberto Bastos Balazeiro, considerou procedente a preocupação da entidade, uma vez que a empresa não informou os motivos das demissões, com a possível extinção de vagas da rede, que também opera outras empresas do segmento na Bahia.

“Alguns dos jornalistas demitidos tinham a renda percebida em seus empregos como única fonte de manutenção de si mesmo e de seus familiares, o que, diante de um mercado instável e de baixos salários verificado no estado da Bahia, aumenta as incertezas desses profissionais diante do futuro”, destacou o Sinjorba no ofício.

Nordeste

Em Sergipe, entre sexta-feira (27) e ontem, cerca de mais três profissionais foram demitidos da TV Sergipe, afiliada da Globo na localidade. Antes, outros profissionais, como o apresentador do “Globo Esporte SE”, Marcelo Carvalho, também saíram. Para jornais locais, a emissora negou que esteja fazendo demissão em massa de funcionários, mas admitiu uma reestruturação para novos programas e telejornais, por determinação da rede, prometendo que novos profissionais serão contratados.

 No Ceará, cerca de oito pessoas foram demitidas também nesta segunda, entre produtores e jornalistas. A justificativa é a mesma: reestruturação para novos programas e telejornais, por determinação expressa da cabeça da rede. O fato, porém, tem assustado os profissionais que estão totalmente inseguros.

*Informações de Portal IMPRENSA, Portal Região Noroeste, Aratu Online e Na Telinha (UOL).

 

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