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Circulação de jornais diários do Brasil segue em declínio

portal Poder 360 concluiu, a partir de dados levantados junto ao Instituto Verificador de Circulação (IVC), que a circulação impressa dos 11 principais jornais diários do Brasil segue em declínio. De acordo com a análise, a tiragem média diária foi de 736,3 mil exemplares em dezembro de 2017. O valor representa uma redução de 146,9 mil exemplares em relação ao mesmo período em 2016. Se comparado a dezembro de 2014, a queda é ainda mais acentuada, de 41,4%, ou 519,9 mil impressos a menos.

O levantamento do IVC considerou os jornais A Tarde (BA), O Estado de S.PauloFolha de S.Paulo e Valor Econômico (SP), O Globo (RJ), Estado de Minas e Super Notícia (MG), Zero Hora (RS), Correio Braziliense (DF), O Povo (CE), além da Gazeta do Povo (PR), que extinguiu sua versão impressa diária em 2017.

De acordo com o ranking, o jornal de maior tiragem no país, o Super Notícia, com uma média de 156,5 mil exemplares diários no final de 2017, perdeu mais de 127,5 mil unidades desde dezembro de 2014. Outro que reduziu significativamente seu volume em circulação foi a Folha de S.Paulo, que caiu para 121 mil exemplares diários, uma perda de 90,9 mil unidades. Seu principal concorrente, O Estado de S. Paulo, tirou de circulação 48,7 mil jornais desde 2014, fechando com 114,5 mil impressos por dia em 2017.

A circulação média diária de O Globo foi de 130,4 mil exemplares diários no ano passado, uma queda de 74,3 mil em relação a 2014. Já o Zero Hora perdeu 63,3 mil unidades no período e encerrou o último ano com uma tiragem diária de 100,9 mil exemplares.

Versões digitais

Quando se leva em conta as assinaturas digitais pagas dos nove grandes jornais brasileiros (os dados não incluem a Gazeta do Povo e O Povo), o crescimento médio foi de 5,8% – ou 31,7 mil assinantes online. A Folha de S.Paulo lidera esse ranking com 164,3 mil assinaturas digitais pagas, mas ganhou somente 5,2 mil novos assinantes nos últimos três anos. No mesmo período, o número de assinaturas online de O Estado de S. Paulo subiu de 74,1 mil para 88,7 mil.

Quem mais cresceu em volume de assinantes digitais foi o Zero Hora, que saltou de 37,7 mil para 80,1 mil no último triênio. Já O Globo, que fechou o ano com 112,9 mil assinaturas online pagas, perdeu mais de 35,4 mil assinantes nesta plataforma. (Informações do Portal IMPRENSA)

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ABI BAHIANA

IGHB e ABI promovem seminário e lançamento de livro sobre impressos baianos

Em parceria com a Associação Bahiana de Imprensa (ABI), o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia vai realizar nesta quinta (23/11), às 17h, o seminário “Panorama histórico dos impressos baianos”. O encontro seguirá com o lançamento do livro “Anotações sobre Cincinnato Melchiades e a sua Typographia Bahiana” (Salvador: e.a., 2017), do jornalista Luis Guilherme Pontes Tavares. O autor participará da mesa, ao lado da professora Vanilda Salignac Mazzoni, e dos jornalistas e pesquisadores Nelson Varón Cadena e Jorge Ramos. Na ocasião, o livro será vendido por R$ 20,00.

O IGHB é uma das 15 instituições apoiadas pelo programa Ações Continuadas a Instituições Culturais, iniciativa da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) através do Fundo de Cultura da Bahia (FCBA).

Programação completa:

17h – Seminário “Panorama histórico dos impressos baianos”

  • Professora Vanilda Mazzoni
    “Contribuição da Memória & Arte a preservação dos impressos raros da Bahia”
  • Jornalista Nelson Varón Cadena
    “A construção da História da Imprensa da Bahia”
  • Jornalista Jorge Ramos
    “Jornais e jornalistas cachoeiranos”
  • Jornalista Luis Guilherme Pontes Tavares
    “Cincinnato José Melchiades e a sua Typographia Bahiana”

18h – Lançamento do livro Anotações sobre Cincinnato Melchiades e a sua Typographia Bahiana, de Luis Guilherme Pontes Tavares.

Local: IGHB – Avenida Joana Angélica, 43
71 3329 4463/6336 – www.ighb.org.br

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Mapeamento inédito do jornalismo brasileiro revela “deserto de notícias”

Em um momento de mudanças de paradigmas e de emergência da ideia de pós-verdade, é necessário se voltar a perguntas básicas, como: para que servem as notícias locais ou regionais? Como elas se relacionam com uma noção mais ampla de cidadania? Para ajudar a entender a configuração do jornalismo no país, a edição especial do Observatório da imprensa traz um mapeamento inédito do jornalismo em todo território brasileiro. Criado como um banco de dados aberto ao público a ser atualizado anualmente, o Atlas da Notícia revelou que mais de quatro mil municípios vivem em deserto de notícias, desprovidos de qualquer cobertura jornalística local.

O estudo foi produzido a partir de dados da ANJ (Associação Nacional de Jornais), a Secom (Secretaria de Comunicação do Governo Federal) e por meio de crowdsourcing, um processo colaborativo para agregar conhecimento. O Atlas pretende produzir um panorama dinâmico da profunda transformação do jornalismo — sobretudo o que produz notícias de interesse público no âmbito regional e local — em meio à chamada revolução digital e a uma persistente crise econômica.

Foram identificados, na primeira etapa do projeto, 5.354 veículos — entre jornais impressos e sites —, em 1.125 cidades de 27 unidades federativas. Um universo que compreende aproximadamente 130 milhões de pessoas, mais de 60% da população brasileira. Todos os estados do nordeste possuem, em média, um veículo mapeado a cada 100 mil habitantes. Os números indicam o predomínio dos meios impressos (63% contra 37% dos digitais).

Este primeiro retrato do jornalismo brasileiro revela que, quando se trata de apurar e publicar notícias, o território brasileiro repete o padrão histórico de grandes desigualdades socioeconômicas. Enquanto as regiões sul, sudeste e o Distrito Federal concentram a enorme maioria dos veículos, sejam impressos ou digitais, as regiões mais pobres, como o norte e nordeste são aquelas com o maior número dos chamados “desertos de notícias”: 4.500 municípios brasileiros (70 milhões de habitantes) não têm registros de jornal impresso ou site jornalístico.

Esta legião de brasileiros — quase 35% da população nacional — não dispõe de notícias sobre sua própria comunidade, onde não se cobre, entre outras coisas, a Prefeitura ou a Câmara Municipal – o que compromete a capacidade decisória dos cidadãos.

O levantamento é fruto de uma parceria entre o Projor – Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo e o Volt Data Lab, e se inspira no America’s Growing Deserts of News da revista Columbia Journalism Review.

Entenda a metodologia aqui.

*As informações são do Observatório da Imprensa.

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Folha é o 1° jornal brasileiro a ter circulação digital maior que a impressa

A Folha de S. Paulo é o primeiro jornal a ter circulação digital maior do que a impressa no Brasil. Sua edição digital alcançou em agosto mais da metade do total, segundo levantamento feito pelo Instituto Verificador de Comunicação (IVC).  De acordo com o veículo, dos 316,5 mil exemplares de média diária em agosto, 161,8 mil (51%) foram relativos ao digital, contra 154,7 mil (49%) da impressa. Os números de participação digital também subiram nos jornais O Globo (48%), O Estado de S. Paulo (39%) e Zero Hora (36%), fator que aponta uma tendência.

O diretor de circulação e marketing da Folha, Murilo Bussab, disse que este marco já era esperado para meados deste ano já que “as pessoas estão muito mais conectadas, pela velocidade e pelo custo menor de se informar digitalmente”. Ele ressaltou ainda, que o desafio agora é transformar uma parte maior, do total de 20 milhões de leitores digitais do jornal, em leitores pagantes. Atualmente a Folha tem 160 mil padigital-folhagantes no digital.

Ele lembra que, até a adoção do “paywall” (muro de pagamento em tradução literal do inglês, ou seja, a cobrança pelo acesso às edições digitais) flexível do jornal, em janeiro de 2012, ninguém pagava para ler digitalmente. Com o “paywall” o acesso gratuito se limitou a um determinado número de textos por mês, no momento são dez. Para ler mais é preciso fazer um cadastro que dá direito a mais dez ou fazer uma assinatura. “Durante quase 20 anos de Folha na internet, como em todas as empresas jornalísticas do mundo, o acesso foi gratuito. E tem uma mudança cultural que é preciso fazer, que vai demorar, mas é possível. O modelo do “paywall” foi o que se mostrou mais inteligente para isso, até agora”, explicou.

Bussab lembra que “o impresso continua tendo espaço”. Que “existe um público que não abre mão, e ele tem e sempre terá vantagens” como a leitura mais agradável do que em telas digitais ou a portabilidade – qualidades que pesaram, por exemplo, na estabilização do mercado de livros, entre impressos e eletrônicos. Mas ele volta a sublinhar que “o segredo , o objetivo, o norte”, agora é convencer uma parcela maior dos 20 milhões de leitores digitais da folha a ” remunerar de alguma maneira o trabalho jornalístico”.

Métricas

O IVC, segundo seu presidente, Pedro Silva, “começou a medir a edição digital dez anos atrás, e naquele começo, até porque o acesso era só por computador e a velocidade de conexão era mais baixa, a adoção não foi rápida”. O quadro começou a mudar há cerca de cinco anos, quando surgiram os “pawalls” e essa faixa chegou aos dois dígitos. O avanço é resultado natural da resposta dos jornais “à mudança do consumidor de notícias para outras plataformas”, diz Silva. “A internet fez com que os veículos se adaptassem aos novos ambientes de entrega de informações” acrescenta, lembrando ainda o crescimento relativamente recente dos smartphones.

Não há dados sobre a circulação digital por aparelho, mas Silva lembra que outro levantamento do instituto restrito à audiência dos sites de jornais, mostra que em agosto a maioria dos acessos (57%) foi através de smartphones, com os computadores (desktops, notebooks) respondendo por 39%.

Ele explica que, pelas regras do IVC, cada assinatura digital equivale a uma assinatura do impresso. “Quando a assinatura é um combinado de impresso e digital, a digital também pode contar, desde que o desconto dado não seja alto” acrescenta. “Traduzindo, o assinante precisa efetivamente ter pagado pela edição digital.”

*Informações Folha de S. Paulo.

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