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Plug-in do Reclame Aqui “delata” políticos na internet

“Uma das armas mais eficientes contra a corrupção é a informação”. É o que defende o Instituto Reclame Aqui, no vídeo de apresentação de um plug-in (módulo de extensão) que transforma o navegador de internet em uma espécie de delator. A ferramenta “Vigie Aqui” promete ajudar a população saber quem é quem: Quando instalado no Google Chrome, o programa marca de roxo as menções a deputados e senadores que estão em seu pleno mandato, mesmo sendo alvos de condenação, indiciamento ou citação em investigação. A iniciativa foi desenvolvida em parceria com o projeto Excelências, que organiza dados do Transparência Brasil sobre parlamentares, e a agência Grey.

O Reclame Aqui, conhecido site de proteção dos direitos do consumidor, garante que o banco de dados será atualizado mensalmente, para assegurar a precisão das informações e permitir que o eleitor acompanhe o político no qual votou. Se o usuário passar o mouse em cima do nome, a ficha do político será mostrada. A novidade funciona em todos os sites e encontra as citações em buscas do Google ou em notícias na internet, bem como em redes sociais, onde o resultado pode ser compartilhado.

Segundo Maurício Vargas, CEO do Reclame Aqui, a ideia surgiu da indignação de que hoje a informação sobre os políticos não está organizada. “Nós votamos e não sabemos em quem”, esclarece. Vargas informou que o projeto deve incluir outros cargos em breve. “Começamos pelos deputados e senadores por causa das coisas que o Congresso tem aprontado, e também porque as próximas eleições serão para esses cargos”.

Por ora, um ponto contra

Não são destacados pelo plug-in nomes como o de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-presidente da Câmara cassado em setembro deste ano e preso pela Lava Jato. Isso porque, de acordo com Vargas, o Vigie Aqui só apresenta informações de políticos que estão exercendo o seu mandato, neste primeiro momento. “O Vigie aqui é apartidário e não aponta menções a ex-parlamentares”. A expectativa é que a ferramenta atinja entre 25 e 30 milhões de pessoas até as próximas eleições.

Confira o vídeo de divulgação:

*Com informações da Folhapress e do blog A Gambiarra

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Pesquisa aponta que parlamentares ainda preferem jornal impresso

Foi divulgado nesta semana o resultado do Mídia e Política 2016, estudo do Instituto FSB Pesquisa, que desde 2008 investiga os meios e veículos pelos quais os deputados federais brasileiros preferem se informar. De acordo com o estudo, os jornais impressos continuam sendo a principal fonte de informação para 43% dos entrevistados. Dos demais, 32% se informam pela internet, 16% pela televisão e 6% pelo rádio.

O jornal Folha de S.Paulo aparece como o preferido pelo nono ano consecutivo, com 65%, seguido por Estadão (41%), O Globo (31%), Valor Econômico (14%) e Correio Braziliense (12%). A Folha também é o jornal com maior índice de leitura (89%), seguida de Estadão (74%), O Globo (70%), Valor Econômico (55%) e Correio Braziliense (47%).

Na internet, o G1, que havia ultrapassado o UOL em 2015, ampliou sua vantagem, sendo citado por 56% dos parlamentares como seu portal preferido, contra 35% de citações do UOL. Por faixa etária, a internet lidera entre os mais jovens. Na faixa até 40 anos, 48% preferem o meio para se informar, contra 30% dos jornais, 10% dos telejornais e 11% do rádio, mas o impresso vence na faixa entre 41 e 50 anos, de 51 a 60 e acima de 60, onde atinge seu melhor desempenho: 52% de preferência, contra 22% da internet, 16% da TV e 6% do rádio.

Os deputados também estão presentes nas redes sociais e a maioria é ativa, segundo a pesquisa. Dos 513 parlamentares, 91,6% são ativos no Facebook e 66,2%, no Twitter. Mais da metade (55%) dizem usar o perfil no Facebook para se informar sobre o noticiário e suas repercussões. Dos que usam a rede social, 46% o fazem várias vezes ao dia e 43%, todos os dias. Mas apenas 24% as utilizam para compartilhar notícias e emitir opiniões.

Cada vez mais os parlamentares se informam por meios eletrônicos, mesmo que a preferência seja pelos jornais. Apenas 42% leem as edições impressas, segundo a pesquisa, enquanto 32% recorrem ao celular, 16%, ao tablet e 6%, ao computador (54% no total).

Entre os telejornais, o Jornal Nacional foi novamente o que recebeu o maior número de citações na preferência, com 45% do total. Na sequência aparecem Jornal da Globo (30%), Jornal da Band (22%), GloboNews (14%), Jornal da Record (10%), Bom Dia Brasil (5%), Jornal do SBT (4%) e Band News (1%). Outros somam 10%. 9% não souberam responder e 5% disseram não assistir a telejornais.

Entre as rádios, a preferência é pela CBN (62%), seguida pela Band News (23%) e pelas rádios Câmara (19%) e Senado (13%). Jovem Pan tem 4%, Itatiaia, 2%, e outras somam 22%. Entre as revistas, 65% dizem ler a “Veja”. Na sequência aparecem “Época” e “IstoÉ” (44%), “Carta Capital” (37%) e “Exame” (26%).

Este ano, pela primeira vez o Mídia e Política investigou o grau de confiança dos parlamentares no conteúdo noticioso dos diversos meios de informação. Os dados revelam que os jornais impressos são o meio de informação mais confiável (70%).  Em segundo lugar, empatados com 60%, estão as rádios de notícias e os telejornais, seguidos de portais e sites de notícias (51%), revistas semanais (47%), blogs (34%), twitter (19%) e facebook (18%). Confira a íntegra do estudo.

Nesta edição foram entrevistados 230 deputados, de 26 partidos que possuem representação na Câmara, proporcionalmente ao tamanho de cada bancada. As entrevistas foram feitas pessoalmente, em 8 e 9 de março, e a margem de erro é de 5%, com nível de confiança de 95%.

*Informações do Mídia e Política 2016, Jornalistas&Cia e G1.

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