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Edufba lança 2ª edição do livro “Independência do Brasil na Bahia”, de Luis Henrique Tavares

Em meio às comemorações do bicentenário da Independência da Bahia, a Edufba – Editora da Universidade Federal da Bahia realiza, no dia 28 de junho, o lançamento da 2ª edição do livro “Independência do Brasil na Bahia“, do historiador baiano Luis Henrique Dias Tavares. O evento será às 17h, na Antessala da Reitoria, no Palácio da Reitoria da UFBA, no Canela (Salvador).

O prefácio dessa segunda edição revista é de Laurentino Gomes, jornalista e membro titular da Academia Paranaense de Letras. O evento contará com uma roda de conversa com Emiliano José, jornalista, escritor e membro titular da Academia de Letras da Bahia, e Sérgio Guerra Filho, professor da UFRB e doutor em História com experiência em História Regional do Brasil.

Luis Henrique Dias Tavares, falecido em junho de 2020, é imortal da Academia de Letras da Bahia, autor de obras importantes como o livro “História da Bahia”, que reuniu há mais de seis décadas dados raros sobre a formação do povo baiano, detalhes das povoações em cada região e as lutas contra o despotismo. Ele recebeu da ABI, em 2012, a Medalha Ranulfo Oliveira.

Dias Tavares nasceu na cidade de Nazaré, Bahia, em 1926. Cursou Geografia e História, Bacharelado e Licenciatura, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Federal da Bahia (1948 – 1951). Doutor em História por concurso de Livre Docência, com defesa de Tese, prova escrita e oral. Pós-Doutor na Universidade de Londres (1977 – 1978, 1982, 1984, 1986), com pesquisas em Arquivos (FOREIGN OFFICE RECORD’S), e Bibliotecas (BRITISH LIBRAY).

Foi diretor do Arquivo Público do Estado da Bahia no período de 1959 a 1969, Professor Emérito da Universidade Federal da Bahia e Doutor Honoris Causa da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), além de sócio da Academia Portuguesa de História, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.

O historiador recebeu, da Academia Brasileira de Letras, prêmios literários por sua ficção quanto por sua produção acadêmica no campo da História. Cavaleiro da Ordem do Dois de Julho, título outorgado pelo Governo do Estado da Bahia em 2011.

SERVIÇO

Lançamento da 2ª edição do livro “Independência do Brasil na Bahia”, de Luis Henrique Dias Tavares
Data: 28 Junho, quarta-feira
Hora: 17h
Local: Antessala do Reitor, Palácio da Reitoria da UFBA (Rua Dr. Augusto Viana, Canela, Salvador/BA)

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ABI BAHIANA

Pesquisadores discutem o papel da imprensa no contexto da Independência

Você já imaginou como as notícias sobre os conflitos travados pela independência brasileira chegaram a Portugal? Naquele tempo, as gazetas, folhetins e declarações oficiais demoravam cerca de 50 dias para desembarcar em Lisboa. A Batalha de Pirajá, aqui em Salvador, por exemplo, levou mais de dois meses para ser noticiada por lá. Era através de periódicos que muitos desdobramentos se delinearam. Esse trânsito de informações e a atuação de jornalistas no contexto da Independência foram discutidos no último dia do seminário “A imprensa e a Independência do Brasil na Bahia”, nesta quinta-feira (15), no auditório do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IHGB), em Salvador.

O evento realizado pela Associação Bahiana de Imprensa, com o apoio do IGHB, abarcou três palestrantes em seu encerramento. A coordenação da mesa ficou por conta do diretor de cultura da ABI, Nelson Varón Cadena.

Pesquisadores, professores e jornalistas dialogaram sobre os desdobramentos dos conflitos e suas personagens mais marcantes, sobretudo as que desempenhavam atividades de imprensa.

O primeiro bloco foi conduzido pelo professor e historiador Manoel Passos, mestre em História e Patrimônio, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, em Portugal. Sua palestra “Os jornais como fonte de pesquisa sobre a história do 2 de julho” apresentou o panorama do conflito através do que era publicado em terras portuguesas. A noção do que vinha acontecendo era também uma guerra de sentidos, afinal, para não ferir a honra da metrópole, as tropas portuguesas não tardaram em alterar alguns detalhes, sendo desmentidas pouco tempo depois pela próxima edição ou outro veículo.

O professor e historiador Sérgio Guerra Filho, da Universidade Federal do Recôncavo Baiano, decidiu fazer um recorte em sua apresentação sobre a imprensa portuguesa e focou no “O Correio do Porto”. O docente traçou um paralelo com os conturbados cenários políticos do Brasil, com a Revolução de Pernambuco, as adesões às Cortes, as guerras de Independência e arranjos diplomáticos, e as revoltas e abdicação (1831); e de Portugal, com invasões pelas tropas francesas, perda de privilégios e uma guerra civil que durou cerca de quatro anos.

Segundo ele, o processo de Independência do Brasil gerou, na Bahia, intensos acontecimentos, desde o movimento constitucionalista originado no Porto (1820) até a abdicação do Imperador D. Pedro I (1831). Em suas pesquisas nos periódicos – tanto de Portugal como do Brasil – ele constatou que, além de narrativas informativas dos fatos, a imprensa estabeleceu um debate de posições políticas bastante diversas. (Saiba mais aqui)

A última palestra do seminário, “Jornalismo de Combate: Montezuma e o Diário Constitucional na luta contra Madeira de Melo e as Cortes”, foi comandada pelo jornalista e pesquisador Jorge Ramos, 2º secretário da ABI. Ele abordou o episódio do primeiro atentado à liberdade de imprensa no Brasil, quando, em 21 de agosto de 1822, soldados portugueses, cumprindo ordens do Brigadeiro Madeira de Melo – Governador das Armas da Província da Bahia, nomeado pelas Cortes Portuguesas – invadiram a gráfica “Viúva Serva & Carvalho”, na Cidade Baixa, em Salvador, e a empastelaram, quebrando equipamentos e danificando o prelo.

A ação acabou estragando as placas (contendo os tipos) prontas para a impressão de “O Constitucional”, jornal que tinha como principal redator o bacharel Francisco Gomes Brandão (1794-1870), cujo pseudônimo era Montezuma, também vereador em Salvador. “Montezuma teve um papel decisivo em todas as fases do processo que na Bahia levou à Independência e a consolidou”, explica.

O evento foi transmitido ao vivo e pode ser assistido no canal da ABI no Youtube: @abi_bahia

Assista abaixo:

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ABI BAHIANA

Com seminário, ABI e IGHB celebram bicentenário da Independência da Bahia

O que representou a Constituição de Cádiz? Quais os impactos desse documento histórico para a imprensa? Como a maçonaria influenciou no estabelecimento da imprensa? E o que tudo isso tem a ver com a expulsão das tropas portuguesas do Brasil? O primeiro dia do seminário “A imprensa e a Independência do Brasil na Bahia” respondeu essas perguntas e muitas outras.

O evento realizado pela Associação Bahiana de Imprensa, com o apoio do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), reuniu pesquisadores, professores e profissionais da imprensa, como parte das celebrações do bicentenário da Independência da Bahia, o 2 de Julho. A data destaca a importância das guerras travadas em solo baiano e que resultaram na consolidação da liberdade brasileira em relação ao domínio colonial.

A abertura do seminário foi feita por Ernesto Marques, presidente da ABI, e Joaci Góes, presidente do IGHB. A primeira palestra da tarde apresentou uma figura conhecida da ABI: o jornalista e filósofo Cipriano Barata, cujo retrato é exibido em uma das paredes da sede da instituição. “O periodista Cipriano Barata e a Constituição Gaditana no processo da Independência” foi comandada pelo professor Jairdilson da Paz Silva, doutor e professor na Universidade de Salamanca.

O docente utilizou a iconografia para eleborar um ressgate sobre a atuação do jornalista, panfletista, político, que, com seus ideais libertários inspirados pela Revolução Francesa, pautou a opinião pública e defendeu o fim da monarquia e da escravidão. Eleito deputado pela Província da Bahia, fez sua estreia na imprensa com a Gazeta de Pernambuco. Naquelas páginas, ele denunciou os objetivos absolutistas de D. Pedro e uma possível recolonização. Mais tarde, ele fundou o próprio veículo de comunicação, o jornal Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco, em abril de 1823. Jairdilson da Paz falou sobre como a Constituição Gaditana se relacionava com a liberdade de imprensa.

Já a partir de 1802, redes de sociabilidade macônica influenciaram no estabelecimento da imprensa e nas transformações políticas que conduziram ao processo de Independência do Brasil na Bahia. Foi o que detalhou o professor Pablo Iglesias Magalhães. Com a palestra “Maçonaria e imprensa: redes intelectuais na Independência do Brasil na Bahia (1822-1823)”, o doutor em História Social pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e professor da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB).

O seminário será encerrado nesta quinta-feira (15), com as palestras “Os jornais como fonte de pesquisa sobre a história do 2 de julho”, do professor e historiador Manoel Passos; “A Imprensa portuguesa e a Independência do Brasil”, com o professor e historiador Sérgio Guerra Filho; e “Jornalismo de Combate: Montezuma e o Diário Constitucional na luta contra Madeira de Melo e as Cortes”, ministrada pelo jornalista e pesquisador Jorge Ramos, 2º secretário da ABI.

Participaram do evento o diretor de Cultura da ABI, Nelson Varón Cadena; o 1° vice-presidente, Luis Guilherme Pontes Tavares; a 1ª secretária Amália Casal; o diretor Social, Nelson José de Carvalho; o vice-presidente da Assembleia Geral, Sérgio Mattos; o jornalista e escritor Clarindo Silva; entre outros profissionais ligados à imprensa e à cultura.

Assista no canal da ABI:

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ABI BAHIANA

Seminário aborda papel da imprensa no processo da Independência do Brasil na Bahia

Apesar de muita gente ignorar os fatos que antecederam a Proclamação da Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, as guerras travadas em solo baiano foram decisivas para a consolidação da liberdade em relação ao domínio colonial. Sete meses antes da famosa cena que habita o imaginário nacional, supostamente protagonizada por D. Pedro às margens do rio Ipiranga (SP), Cachoeira e São Félix, Salvador e Itaparica já se movimentavam para expulsar as tropas portuguesas, o que aconteceu apenas em 2 de julho de 1823.

Para celebrar o bicentenário da Independência da Bahia, a Associação Bahiana de Imprensa vai promover, com o apoio do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia, o seminário “A imprensa e a Independência do Brasil na Bahia”, nos dias 14 e 15 de junho, das 14h às 17h. O evento gratuito e aberto ao público acontece no Auditório do IGHB, na Piedade, Centro de Salvador.

Em uma programação de dois dias, pesquisadores, professores e jornalistas propõem um diálogo com o público baiano sobre os desdobramentos dos conflitos e suas personagens mais marcantes, sobretudo as que desempenhavam atividades de imprensa.

“Montamos uma programação especial para celebrar o nosso povo e sua luta para libertar o país do jugo português. Não podemos esquecer de personagens emblemáticos nas batalhas pela Independência. É preciso saudar a memória dos combatentes, sejam os guerreiros e guerreiras ou os intelectuais que se articularam através da imprensa baiana”, afirma Amália Casal, 1ª secretária da ABI e coordenadora do evento.

A abertura do seminário, no dia 14, ficará a cargo de Ernesto Marques, presidente da ABI, e Joaci Góes, presidente do IGHB.

A primeira palestra, “O periodista Cipriano Barata e a Constituição Gaditana no processo da Independência”, será comandada por Jairdilson da Paz Silva, doutor em História pela Universidade de Sevilla. “Jornalista, panfletista, político e, sobretudo, um revolucionário nas ideias e ações, o deputado eleito pela Província da Bahia, Cipriano Barata, matizava em seus discursos parlamentares a questão premente no liberalismo luso-brasileiro, a definição da cidadania liberal na Constituinte”, explica o professor. “A Liberdade buscada por Barata se coadunava à recém-inaugurada liberdade de imprensa que a adoção e juramento da Constituição de Cádiz proporcionava.”

“Maçonaria e imprensa: redes intelectuais na Independência do Brasil na Bahia (1822-1823)” é a proposta de Pablo Iglesias Magalhães, doutor em História Social pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e professor da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB). O docente abordará a introdução de redes de sociabilidade maçônica, a partir de 1802, sua influência no estabelecimento da imprensa e nas transformações políticas que conduziram ao processo de Independência do Brasil na Bahia.

No dia 15, o diretor de cultura da ABI, Nelson Varón Cadena, coordenará a programação. O bloco “Os jornais como fonte de pesquisa sobre a história do 2 de julho” será guiada pelo professor e historiador Manoel Passos, mestre em História e Patrimônio, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, em Portugal.

Outras duas palestras abrilhantam o evento: “A Imprensa portuguesa e a Independência do Brasil”, com o professor e historiador Sérgio Guerra Filho, docente da Universidade Federal do Recôncavo Baiano, e “Jornalismo de Combate: Montezuma e o Diário Constitucional na luta contra Madeira de Melo e as Cortes”, ministrada pelo jornalista e pesquisador Jorge Ramos, 2º secretário da ABI.

Ao final das apresentações, os participantes e convidados poderão dialogar sobre os temas abordados. A programação será encerrada às 17 horas.

  • Acompanhe ao vivo nos links seguintes: 14/06 (aqui)| 15/06 (aqui).

SERVIÇO

Seminário “A Imprensa e a Independência do Brasil na Bahia”
Data: 14 e 15 de junho
Hora: 14h às 17h
Local: Auditório do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, (IGHB) – Av. Joana Angélica, 43, Piedade – Centro, Salvador (BA)
Entrada gratuita

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