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ABI e Sinjorba cobram apuração de agressão a jornalistas do site Informe Baiano

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (SINJORBA) estão acompanhando a apuração da violência sofrida pelos repórteres Ramon Margiolle e Carlos Júnior, do site Informe Baiano. Os profissionais foram agredidos por policiais da 50ª CIPM, comandados pelo tenente Jardel, na noite de quarta (11), no bairro Paralela Park, em Salvador, durante a cobertura de um homicídio.

Segundo relato de Margiolle, os profissionais passavam pelo local quando avistaram um homem caído no chão. Comunicaram ao Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e também à Polícia Militar. Em seguida, foi iniciada a cobertura jornalística do crime, que culminou na morte do motociclista Lyuan Cardoso Rabelo, de 20 anos, alvejado por, pelo menos, quatro tiros. O repórter conta que, ao perceber que a cena estava sendo registrada, um dos policiais determinou que os arquivos fossem apagados.

“Expliquei que não seria possível atender a solicitação e me identifiquei. Disse ainda, que poderia entregar o equipamento e ir até a delegacia, mas não forneceria a senha do celular. O policial, totalmente descontrolado, deu um tapa no aparelho do cinegrafista/fotógrafo. Quando Carlos foi pegar o aparelho no chão, ele covardemente deu um soco na cabeça. Eu questionei e um colega dele também me agrediu, chegando a ferir meu rosto e quebrar meus óculos”, afirmou. De acordo com Ramon, “os agressores fugiram”. Os profissionais ainda procuraram o comandante da ação, mas não foram atendidos. Recorreram, então, à Corregedoria da PM, para denunciar o caso.

O presidente da ABI, Walter Pinheiro, destacou em nota que a entidade vem mantendo seguidos contatos com o Ministério Público e com a PM, na busca de providências que impeçam a ocorrência de atos como este, em que a liberdade de expressão e o trabalho dos profissionais de imprensa são ameaçados. “A repetição de condutas violentas por parte dos policiais, exige o repúdio da ABI e imediata investigação das autoridades da SSP”.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que já “determinou que a Corregedoria da Polícia Militar apure com rigor” a denúncia e ressaltou que “a imprensa é fundamental para a sociedade democrática e que deve ser respeitada”.

A presidente do Sinjorba, Marjorie Moura, divulgou nota em que afirma que a entidade está atenta e acompanha a apuração dos fatos. No documento, a dirigente ressaltou que, horas antes da agressão, participou de uma reunião na sede da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), onde se discutiu o histórico dos atos de violência praticados contra integrantes da imprensa por PMs e as providências que deveriam ser adotadas.

Confira a nota do Sinjorba:

“O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (SINJORBA) acompanha desde a noite de quarta-feira (11/10/2017), a agressão sofrida pelos jornalistas Ramon Magiolle e Carlos Júnior, do site Informe Baiano, no Paralela Park, durante cobertura de tentativa de homicídio contra um motociclista. Os autores da agressão, segundo as vítimas, foram dois policiais militares (PMs) da 50a. CIPM, comandados pelo tenente Jardel. Os profissionais se recusaram a apagar imagens onde registraram a ocorrência, foram ameaçados de prisão e em seguida agredidos com socos nas costas e na cabeça que resultaram na quebra dos óculos e de um dente de Ramon. Ainda segundo os jornalistas, além de não tomar providências sobre o fato, o tenente Jardel teria determinado que os policiais abandonassem o local após a agressão.

Os profissionais se dirigiram para a Corregedoria da PM, acompanhados de advogados, registraram a agressão e receberam guia de lesões corporais. Em contato com o setor de Comunicação Social da PM, o Sinjorba recebeu informação de que os policiais teriam outra versão dos fatos, mas que a corregedoria é a instância mais adequada para apuração dos fatos. Em reunião realizada horas antes da agressão, na sede da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), foi discutido o histórico dos atos de violência praticados contra integrantes da imprensa por PMs e as providências que deveriam ser adotadas.

O Sinjorba desde já está solicitando reunião na próxima semana com representantes da ABI e com as vítimas para definir a estratégia de acompanhamento deste caso para que o mesmo se transforme numa apuração exemplar sobre que tipo de punição um agente policial do Estado poderá sofrer no caso de agressões contra integrantes da imprensa. Ao tempo que saudamos a manifestação da Secretaria de Segurança Pública da Bahia no sentido de determinar apuração rigorosa dos fatos, o Sindicato manterá registro das medidas adotadas e do processo de apuração, divulgando amplamente o que vier a ocorrer.
Salvador, 12/10/2017.”

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Morre o jornalista e diretor da ABI, Antônio Jorge Moura

É com pesar que comunicamos o falecimento do jornalista e diretor da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), Antônio Jorge Moura, aos 65 anos, vítima de infarto. A notícia foi dada no início da tarde de hoje (04/10) por sua irmã, Solange Moura. O sepultamento acontecerá nesta quinta (05/10), às 16h, no Cemitério Jardim da Saudade, Capela H.

O diretor Antônio Jorge durante inspeção dos setores da Casa de Ruy Barbosa – Foto: Joseanne Guedes

A Diretoria da ABI está consternada com a partida do companheiro, que acabara de assumir a direção da Casa de Ruy Barbosa, importante espaço cultural da entidade. Antônio Jorge iniciou a carreira no jornalismo em 1973, tendo atuado na área de política, como editor do jornal Correio* e no Jornal do Brasil. “Tão tristes quanto surpresos, recebemos esta lamentável informação sobre o falecimento do jornalista Antônio Jorge Moura. Sempre o admiramos pela conduta ilibada no desempenho das atividades de comunicação, e notória era a sua dedicação aos assuntos da ABI, o que nos levou a nomeá-lo diretor da Casa de Ruy Barbosa recentemente, missão para a qual ele vinha se dedicando com muito afinco. O seu passamento, certamente, causa pesar aos que integram a imprensa baiana e fará falta nos trabalhos que se realizam na ABI. Aos familiares, manifestamos nossas condolências”, destacou o presidente da ABI, Walter Pinheiro.

*Atualização às 16:57

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ABI oficializa posse da diretoria para os próximos dois anos

A diretoria da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) se reuniu na sede da entidade na manhã desta quarta-feira (13), para oficializar a posse para o mandato que se estenderá até 2019. O presidente Walter Pinheiro, que está à frente da ABI há seis anos, relembrou o protagonismo da Associação na luta pela liberdade de imprensa ao longo do último biênio, e ressaltou que os membros da diretoria seguem empenhados em “continuar fazendo um trabalho digno e que orgulhe a todos”.

Walter Pinheiro, presidente da ABI - Foto: Luiz Hermano Abbehusen
Walter Pinheiro, presidente da ABI –
Foto: Luiz Hermano Abbehusen

De acordo com Pinheiro, a gestão vai priorizar a reforma do Estatuto, antigo projeto que permitirá a ampliação do quadro social, com a chegada de mais profissionais, e aprimorar os laços com as seccionais da ABI no interior do estado. Os diretores assinaram o termo de posse e já se preparam para a empreitada do presente mandato. “Espero que possamos realizar uma série de atividades. Estou com muito ânimo para esse período que se inicia. Vamos trabalhar para que a ABI esteja em posição de debater temas relevantes para a sociedade baiana e brasileira”, ressaltou Walter Pinheiro.

Leia também: Diretoria da ABI é eleita para o biênio 2017-2019

Entre as tarefas da diretoria eleita para os próximos anos, ele citou a implantação do Museu de Imprensa e a divulgação dos serviços oferecidos pela ABI, como a Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon, a Sala de Exibição Cinematográfica Roberto Pires ou a Casa de Ruy Barbosa, com seu rico acervo sobre a vida e a obra do advogado e jornalista baiano. Além disso, o dirigente destacou a reformulação do site institucional, que passará a contar com um design mais moderno e adequado às novas tecnologias da comunicação.

  • Confira a composição da diretoria da ABI aqui
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ABI e UESB trazem Bob Fernandes para debate com imprensa conquistense

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) traz o jornalista Bob Fernandes, atual comentarista de política da TV Gazeta, para uma roda de conversa com profissionais de imprensa, estudantes e professores da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), na próxima sexta-feira 15, a partir das 10h, no Auditório do júri, no Módulo II do campus da Universidade. “Fake news”, jornalismo de dados e o papel dos jornalistas e veículos de comunicação neste momento conturbado da vida brasileira serão alguns dos temas da conversa com o jornalista num evento dirigido aos comunicadores, mas aberto ao público em geral.

Bob vem a Conquista a convite da ABI, como parte de uma iniciativa de aproximação da entidades com a comunicação do Sudoeste. Segundo o presidente da ABI, Walter Pinheiro, também presidente do jornal Tribuna da Bahia, “Vitória da Conquista lidera um região de grande importância social, econômica e política, com uma forte tradição no jornalismo baiano, e a ABI deseja estar presente e contribuir para o fortalecimento da comunicação regional”. Ele acrescenta ainda “a satisfação da ABI em participar de uma das atividades que marcam os 20 anos do curso de jornalismo da UESB”. O coordenador do Colegiado do curso, professor Rubens Sampaio, ressalta  que a “iniciativa da ABI está em sintonia com a busca permanente do curso de Jornalismo da Uesb por essa aproximação com entidades da área e profissionais com larga experiência, como Bob Fernandes, elo que isso representa na formação dos futuros jornalistas”.

A pedido do convidado, em vez de uma palestra expositiva, os profissionais e estudantes terão a oportunidade de um debate direto e franco com um dos mais importantes comentaristas políticos do jornalismo brasileiro. Filhos de pai e mãe baianos, Bob Fernandes nasceu em Barretos, interior de São Paulo, mas viveu boa parte de sua vida na Bahia, onde se formou jornalista pela UFBa. Sempre atento aos acontecimentos da vida baiana, preserva uma relação de proximidade com a terra de seus pais e anseia pelo reencontro com Vitória da Conquista, onde vive parte de sua família.

Trabalhou na Tribuna da Bahia, no começo da carreira e passou pelas principais redações brasileiras, como Veja, Folha de São Paulo, foi um dos fundadores e editor-chefe da revista Carta Capital. Cobriu seis campanhas presidenciais o Brasil, a disputa Clinton X Bush, nos Estados Unidos e é coautor de “O complô que elegeu Tancredo”, de 1985. Como jornalista esportivo, escreveu crônicas, cobriu todas as Copas do Mundo de Futebol da FIFA, de 1994 até 2014 (à exceção de 2002), as Olimpíadas de Pequim e Londres, as Copas das Confederações da África do Sul e do Brasil e a Copa América na Venezuela. Tricolor assumido, é autor do livro “Bora Bahêeea, A História do Bahia contada por quem a viveu”, de 2003 (Ediouro). Como correspondente de guerra esteve em Angola, em 1992, e no mesmo ano cobriu a Guerra da Somália. Na revista Carta Capital foi autor de mais de 100 reportagens de capa, entre elas uma série de oito capas sobre a presença e atuação da CIA, do FBI, da DEA e demais agências de espionagem dos EUA no Brasil.

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