ABI BAHIANA

Em reunião da ABI, Marcelo Gentil fala sobre a reativação da Aberje na Bahia

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) recebeu em sua sede nesta quarta-feira (11) o novo representante do capítulo baiano da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), Marcelo Gentil, para uma palestra sobre a reativação da entidade no estado. Gentil é também responsável pela comunicação da Odebrecht no Nordeste e destacou as medidas adotadas para superar a crise de reputação enfrentada pela empresa. O evento integra o projeto “Temas Diversos”, uma série de debates idealizada pela diretoria da ABI, com o objetivo de discutir assuntos relevantes da relação entre a imprensa e a sociedade.

Com mais de 22 anos de atuação, Marcelo Gentil assumiu em março deste ano o desafio de estimular as atividades do Capítulo Bahia da Aberje, uma organização profissional e científica sem fins lucrativos, fundada em 1967. Segundo ele, o foco da retomada da seção estadual será fortalecer o movimento associativo, a imagem da entidade junto aos centros de ensino e o papel estratégico do comunicador. Não por acaso, o tema da Aberje em 2018 é “Comunicação como Cultura”.

Para isso, a diretoria da Aberje adotou uma agenda que prevê encontros, palestras e cursos voltados para os profissionais da área. “Faremos em breve um curso aqui na Bahia. Temos a meta de fazer três encontros”, adiantou Gentil. Uma dessas ações para movimentar a Aberje no âmbito local foi o 1º Encontro Aberje Bahia, realizado na sede da Odebrecht, no início de junho. Ainda em julho será promovida a 2ª edição do encontro. Desta vez, no SENAI-CIMATEC, em Piatã.

Odebrecht

Uma das maiores multinacionais brasileiras teve seu nome atrelado, a partir de 2014, a um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil, revelado pela operação Lava Jato. Depois de reconhecer que participou de práticas impróprias em sua atividade empresarial, a Odebrecht passou a colaborar com a justiça e a adotar estratégias para recuperar sua imagem. No início de 2016, o profissional de Relações Públicas, Marcelo Gentil, foi contratado pela organização para coordenar o relacionamento da empresa com a imprensa.

De acordo com Marcelo Gentil, um sistema de conformidade para prevenir, detectar e remediar desvios de conduta foi implantado pelo Grupo Odebrecht. Houve uma completa reestruturação dos modelos de gestão, para dar ênfase à ética e à transparência, medidas para combater quaisquer formas de corrupção e suborno. “Uma empresa não vai mudar sua cultura. Isso é uma coisa de todos nós. A comunicação é a ferramenta e o conceito mais importante para combater a ‘cultura da vantagem’”.

O presidente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), Walter Pinheiro, ressaltou a importância da comunicação empresarial para o jornalismo e parabenizou o trabalho realizado por Marcelo Gentil. Além dos diretores da ABI, participaram da reunião o diretor geral do IRDEB – Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia, Flávio Silva Gonçalves, e o diretor da Ness Comunicação, Zeca Peixoto.

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ABI BAHIANA

Mesa-redonda na ABI aborda convivência entre esquerda e direita

O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, 3 de maio, será celebrado pela Associação Bahiana de Imprensa (ABI) com a promoção da mesa-redonda “Esquerda x Direita e a sua convergência”. O evento, aberto ao público, terá início às 9h30 no Auditório Samuel Celestino, na sede da entidade. A mesa será coordenada pelo jornalista Walter Pinheiro, presidente da ABI, e contará com a participação do empresário e membro da ALB (Academia de Letras da Bahia) Joaci Góes; do professor de Ciência Política, Paulo Fábio Dantas; do jornalista Ernesto Marques, vice-presidente da ABI; do jornalista e doutor em Filosofia, Francisco Viana; e do professor, engenheiro e escritor Fernando Alcoforado.

Joaci Góes – Foto: Divulgação

Os cinco convidados têm atuação na imprensa, a maioria contribuindo com artigos regulares sobre política. O empresário, escritor e ex-deputado Joaci Góes, conselheiro da ABI, foi o proponente do evento. No artigo – “Uma nova esquerda para o Brasil” – que escreveu para o jornal Tribuna da Bahia na última quinta-feira (19), ele sugere a esse segmento o arejamento de ideias e a revisão de comportamento e, também, a adotar procedimentos comuns nas nações mais desenvolvidas do ponto de vista social, a exemplo dos países nórdicos. Como proponente, ele terá, no dia 03 de maio, a incumbência de abrir o evento.

Paulo Dantas – Foto: Divulgação

Assim como Joaci Góes, o professor Paulo Fábio Dantas, que integra o Departamento de Ciência Política da FFCH/UFBA, também atuou como parlamentar. Foi vereador e deputado federal.

Fernando Alcoforado – Foto: Divulgação

Também professor, o engenheiro e escritor Fernando Alcoforado tem contribuído, com artigos regulares, com o debate de temas políticos nacionais e internacionais. Os outros dois convidados para a mesa redonda promovida pela ABI são jornalistas.

 

Ernesto Marques – Foto: Divulgação

Ernesto Marques acumula experiências no jornalismo nacional e internacional – atuou em Angola (África) – e é referência por sua militância no Partido dos Trabalhadores (PT).

Francisco Viana – Foto: Divulgação

Já Francisco Viana é doutor em Filosofia, escritor e conferencista. Durante alguns anos, viveu no Sul do país e integrou a redação de jornais e revistas de circulação nacional. É autor de livros e consultor no âmbito das relações da mídia com a fonte.

A data

De acordo com o site da representação da Unesco no Brasil, o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa foi proclamado pela Assembleia Geral da ONU, em 1993, em seguimento à Recomendação aprovada na 26ª sessão da Conferência Geral da UNESCO, em 1991. Isso, por sua vez, foi uma resposta ao apelo dos jornalistas africanos que, em 1991, elaboraram a Declaração de Windhoek sobre o pluralismo e a independência da mídia.

A data é uma ocasião para informar os cidadãos sobre as violações à liberdade de imprensa – um lembrete de que, em muitos países do mundo, as publicações são censuradas, multadas, suspensas e encerradas, da mesma forma que jornalistas, redatores e editores são perseguidos, atacados, detidos e até assassinados.

A propósito, o site informa que 37 jornalistas brasileiros foram mortos entre 2006 e 2017, dos quais 14 eram do Nordeste e número igual, do Sudeste. A Unesco recomenda que o 3 de Maio “é uma data para incentivar e desenvolver iniciativas em prol da liberdade de imprensa, assim como para avaliar a situação da liberdade de imprensa em todo o mundo. (…) É também um dia para se lembrar dos jornalistas que perderam a vida na busca de uma história. O dia 3 de maio também serve para lembrar aos governos sobre a necessidade de respeitar seus compromissos com a liberdade de expressão. Além disso, é um dia para a reflexão entre os profissionais da mídia sobre questões relativas à liberdade de imprensa e à ética profissional. De igual importância, o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa é um dia de apoio a todos os tipos de mídia, que são alvos de restrição ou supressão da liberdade de imprensa”, conclui o órgão.

SERVIÇO

Mesa-redonda “Esquerda x Direita e a sua convergência”

3 de maio de 2018 (Dia Mundial da Liberdade de Imprensa), às 9h30

Local: Sede da ABI (Edifício Ranulfo Oliveira, 1, Rua Guedes de Brito – Praça da Sé)

Informações: (71) 3322-6903

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*Texto de Luis Guilherme Pontes Tavares, jornalista e diretor da ABI.

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ABI BAHIANA

Museu de Imprensa da ABI realiza oficina gratuita de conservação documental

De 14 a 20 de maio acontece a 16ª Semana Nacional de Museus, temporada cultural promovida pelo Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) em comemoração ao Dia Internacional de Museus, celebrado em 18 de maio. Nesta edição, 1.130 museus de todo o país oferecem ao público 3.261 atividades especiais e o Museu de Imprensa da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) é uma dessas instituições. O Museu de Imprensa vai realizar a “I Mini oficina de Conservação e Higienização Documental”, de 14 a 17 de maio. Os interessados devem enviar o formulário de inscrição para o e-mail <[email protected]> de 26 a 30 de abril. As vagas são limitadas.

O Museu de Imprensa da ABI está fechado ao público desde 2010. Criado pela Associação Bahiana de Imprensa em sua própria sede, o Museu tem como finalidade preservar a história da imprensa, através do seu acervo de periódicos antigos, volantes, obras e objetos pertencentes a jornalistas. O equipamento passará por reestruturação completa e em breve estará de portas abertas para visitação. Em razão disso, a oficina gratuita será promovida na seda da ABI, no Edifício Ranulfo Oliveira, na Praça da Sé (Centro).

  • Faça download da Ficha de Inscrição aqui

Museus hiperconectados

A cada ano, o Icom (Conselho Internacional de Museus) lança um tema diferente para a celebração dessa data, que é também o mote norteador das atividades da Semana de Museus. Com o tema “Museus hiperconectados: novas abordagens, novos públicos”, a proposta deste ano é que museus e instituições participantes busquem amplificar suas relações com a comunidade e seu entorno.

Os principais objetivos do evento são promover, divulgar e valorizar os museus brasileiros; aumentar o público visitante e intensificar a relação dos museus com a sociedade.

Em 2016, pesquisa do Ibram mostrou que no período da Semana de Museus a frequência de público nas instituições participantes chega a aumentar 79% em comparação à semana anterior – o que reforça o papel da comunicação e a continua aproximação com os frequentadores por meio de programação diversificada.

Atualmente, o Ibram tem mapeados cerca de 3,8 mil museus no Brasil. Em 2018, mais de 1,1 mil instituições participarão da Semana de Museus. As atividades propostas são as mais diversas – como exposições, ações educativas, exibição de filmes e bate-papos.

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Filme sobre liberdade de expressão marca o Dia do Jornalista na ABI

As mais de cinco décadas de atuação do jornalista João Carlos Teixeira Gomes (82 anos) foram reverenciadas na manhã desta sexta-feira (6), com o lançamento do documentário “A luta pela liberdade de expressão”. O evento foi idealizado pela Associação Bahiana de Imprensa (ABI) como parte das comemorações ao Dia do Jornalista, celebrado em todo o país em 7 de abril. O filme é o segundo volume da série “Memória da Imprensa Baiana” e registra o depoimento de Joca, também poeta e professor, sobre a luta em favor da liberdade, o combate à ditadura civil-militar e a defesa do Jornal da Bahia.

O presidente da ABI, Antonio Walter Pinheiro, abriu a sessão relembrando a origem do Dia do Jornalista – uma data em homenagem ao médico e jornalista Libero Badaró – e saudou a todos os profissionais. “Muitos colegas podem perguntar ‘e tem o que comemorar?’. Eu não tenho a menor dúvida. Temos o que comemorar. Sem uma imprensa livre, sem o jornalismo, não existe um sistema democrático. O transcurso desta data deve orgulhar a todos os jornalistas”, defendeu.

“O jornalista está na ponta de lança. É uma profissão perigosa”, constatou o dirigente, ressaltando que o Brasil chegou a figurar como o quarto país com maior número de mortes de profissionais da imprensa. “Ultimamente esse quadro está mais arrefecido, mas não se pode abaixar a guarda”. Ele falou sobre as funções da ABI e justificou a escolha de João Carlos Teixeira Gomes como a personagem do filme realizado pela ABI, ressaltando a contribuição do “pena de aço” para o jornalismo baiano. “É papel da ABI a defesa da liberdade e é por isso que estamos aqui. É nosso dever a defesa do bom jornalismo e da liberdade de expressão e do pensamento”. O dirigente refletiu sobre os novos meios de comunicação e reafirmou o papel das plataformas digitais. “Estamos conscientes das novas técnicas”.

Em seu discurso de agradecimento, Joca, lembrou sua trajetória no jornalismo e se posicionou contra a corrupção no Brasil, destacando os últimos escândalos no cenário político. “Eu digo com muito orgulho que o que sempre distinguiu a minha carreira jornalística foi a coragem de defender a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa e a liberdade de pensamento – três bens essenciais da vida humana na sociedade. Para ele, não existe coisa pior do que a tirania”.

Com grande excitação, ele agradeceu o gesto da ABI. “Essa homenagem que me presta hoje a ABI significa um momento culminante na minha carreira profissional. É uma alegria estar aqui recebendo homenagem tão expressiva, tão marcante, que poucos jornalistas do Brasil podem merecer”.

Série – A série Memória da Imprensa Baiana, idealizada pelo jornalista Agostinho Muniz, foi lançada em 2007 e o volume 1 exibe o depoimento do jornalista Jorge Calmon (1915-2006), saudoso e lendário baiano que dirigiu A Tarde em toda a metade do século XX e nos primeiros anos do século XXI. Assim como esse volume, o volume dois que estreia na véspera do Dia do Jornalista contou com o apoio técnico do IRDEB.

De acordo com Walter Pinheiro, a entidade já planeja o volume três da série. “São muitas figuras relevantes e que merecem ter sua trajetória registrada. Os estudantes e os profissionais de comunicação devem assistir ao filme”, recomendou.

DIA DO JORNALISTA

O Dia do Jornalista “foi criado pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI) como uma homenagem a Giovanni Battista Libero Badaró, importante personalidade na luta pelo fim da monarquia portuguesa e Independência do Brasil”, segundo informações do site Calendarr. De acordo com o sítio eletrônico, Libero Badaró “foi médico e jornalista, e foi assassinado no dia 22 de novembro de 1830, em São Paulo, por alguns dos seus inimigos políticos. O movimento popular que se gerou por causa do seu assassinato levou D. Pedro I a abdicar do trono em 1831, no dia 7 de abril, deixando o lugar para seu D. Pedro II, seu filho, com apenas 14 anos de idade”.

O site acrescenta que “foi só em 1931, cem anos depois do acontecimento, que surgiu a homenagem e o dia 7 de abril passou a ser Dia do Jornalista”. Sobre a data, o site informa também que “foi também no dia 7 de Abril que a Associação Brasileira de Imprensa foi fundada, em 1908, com o objetivo de assegurar aos jornalistas todos os seus direitos”.

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