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Folha demite jornalista após crítica sobre filme

O jornalista Diego Bargas foi demitido da Folha de S. Paulo após a publicação da matéria assinada por ele, “Comédia juvenil ri de bullying e pedofilia”, sobre o novo filme de Danilo Gentili “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola”. A matéria foi publicada na última sexta-feira (13), e, logo na sequência, o humorista estimulou seus mais de 15 milhões de seguidores no Twitter a perseguir Bargas. O jornalista passou a sofrer ofensas e xingamentos em todos os seus perfis em redes sociais.

“Acho que fiz o filme errado. Coloquei psicopata na ficção e ele curte apenas psicopata no mundo real”, disse o apresentador do “The Noite”. As ofensas via Facebook e Instagram, que foram bloqueados pelo jornalista, trazia alguns xingamentos, como “bichona, autista, otário, merda, lixo social, imbecil, bixinha, viado, militonto e acéfalo”.

“A confusão com o Gentili me fez perder o emprego. A Folha de S. Paulo me demitiu. Não posso entrar em detalhes sobre isso, mas é tudo muito nebuloso. Danilo Gentili me esmagou como uma barata, só porque ele pode, só porque eu ousei o desafiar”, contou. “É surreal que eu tenha virado alvo de um cara desse tamanho”, afirmou o repórter.

Por meio de nota o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiaram veementemente a perseguição contra o jornalista. “É mais um grave caso de perseguição e intimidação a jornalistas, o sexto ocorrido em São Paulo nos últimos meses, e que mostra uma escalada contra a liberdade de expressão e de imprensa em nosso país. O texto de Bargas é uma reportagem correta, que analisa o filme e reproduz pontos de vista de Gentili e do diretor Fabrício Bittar expressos em entrevista ao jornalista. Gentili, porém, decide massacrar o jornalista em rede social, mostrando sua intolerância à atividade jornalística, e manipular o episódio para tentar melhorar o resultado comercial de seu produto”, diz a nota.

“A Folha de S. Paulo, ao tomar tal atitude, demonstra não ter o mínimo compromisso com princípios como a liberdade de imprensa, de expressão e com a pluralidade, dos quais a empresa se reclama em suas campanhas de marketing”, continua a nota.

Diversos jornalistas se manifestaram contra a demissão de Bargas. Marcelo Nadale, da “Mundo Estranho” afirmou via Facebook que o jornalista é “um exemplo de profissional. Apuração sempre correta e idônea. Lastimável que alguém como Danilo Gentili seja incapaz de lidar com críticas, sem partir para o ataque pessoal”.

Durante a entrevista com Gentili, que foi gravada em vídeo, o repórter questionou o limite do que pode ser constrangedor para crianças e pais. “Eu acho que você deve perguntar pro Daniel e pro Bruno, que tem 14 anos, pros pais deles, pra molecada que assistiu. Eu tenho 38 anos e pra mim tá tudo bem”, respondeu Gentili. “Eu acho que você já tá com a sua manchete pronta. A melhor forma da gente fazer o próximo filme é a gente pegar seu telefone, você prestar uma consultoria, se você permite ou não o que a gente faça, se é ofensivo ou não”, retrucou o humorista em outro momento da entrevista.

FONTE: Portal IMPRENSA

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Veículos resgatam boletins eletrônicos para aumentar rentabilidade

Boletins de e-mail não são algo novo, mas recentemente houve um ressurgimento em sua popularidade. O renovado interesse traz novas técnicas, como as abordagens experimentadas pelos sites Clover Letter e BuzzFeed. Uma inovação testada pelo jornal New York Times já apresenta números consistentes. De acordo com informações do Digiday, o jornal norte-americano já tem 13 milhões de assinantes de mais de 50 boletins de e-mail, o que significa que essa massa de leitores clica direto nos links que recebem, sem passar por um mediador, como Facebook e Google.

Quando os usuários recebem um e-mail, eles vão diretamente ao site do Times e aos próprios anunciantes do jornal. O relatório do Digiday elogia o modelo implementado. “Os assinantes do boletim de notícias são duas vezes mais propensos do que os leitores regulares do New York Times para se tornarem assinantes. E eles também leem duas vezes mais matérias por mês que o leitor do Times“. Isso também significa que as pessoas que se inscrevem nos boletins gratuitos têm um relacionamento mais íntimo com a publicação.

Além disso, cada vez mais jornalistas decidem fazer a curadoria da grande quantidade de informação na internet e criar um relacionamento com seus seguidores, fazendo o papel dos boletins expandir. Em contraste com a newsletter típica de algorítmica de mídia, muitos profissionais hoje optam por usar um tom pessoal ao escrever o seu boletim.

Em matéria publicada pelo IJNet, James Breiner, criador do Centro de Jornalismo Digital da Universidade de Guadalajara, explica que muitas organizações de notícias digitais não fazem o esforço para estabelecer um relacionamento com seus usuários. “É essa relação com seus usuários leais que permitem que uma organização de mídia desenvolva várias fontes de receita. É também uma chave para alcançar a sustentabilidade”.

Esse relacionamento íntimo também permite que a publicação desenvolva mais fluxos de receita. E o e-mail também é uma ótima maneira de interagir com os usuários e criar uma verdadeira comunicação bidirecional.

Então, aqui estão algumas recomendações para empreendedores de notícias digitais:

  1. Desenvolva um banco de dados de seus usuários. Faça valer a pena que eles se registrem no seu site e forneçam seu e-mail.
  2. Compartilhe links em e-mails para alguns dos seus melhores conteúdos e dirija-os a subgrupos de usuários com base em seus interesses, seja esportes, notícias do mundo, notícias locais, negócios, entretenimento, etc.
  3. Envie os e-mails à hora do dia em que a notícia é mais útil para um grupo de usuários. Por exemplo, notícias de entretenimento na sexta-feira, resultados de mercado financeiro no final do dia.
  4. Acompanhe e avalie a resposta para conhecer melhor os seus usuários.

Leia também:

*Informações do Portal IMPRENSA e do IJnet.

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Gazeta do Povo publica última versão impressa

O jornal Gazeta do Povo publicou hoje (31), sua última versão impressa. Fundado em 1919, o maior diário do Paraná passará a ser o primeiro do América Latina com a produção voltada em primeiro lugar para aparelhos móveis. A ideia é conseguir inverter a dinâmica de arrecadação de receitas, que hoje tem nos anúncios o carro-chefe.

A aposta nos aparelhos móveis tem a ver com estratégia e inovação. Segundo a empresa, foram investidos R$ 23 milhões em tecnologia. Uma parceria foi firmada com a EidosMedia, companhia de matriz italiana que presta serviço para veículos como The Wall Street Journal, Financial Times, Le Mondé, Le Figarro e Corriere della Sera.

Fonte: Portal Imprensa

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Desembargador suspende censura contra a Folha

O desembargador Arnoldo Camanho de Assis, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, aceitou recurso do jornal Folha de S. Paulo e suspendeu nesta quarta (15) os efeitos de uma liminar que proibia o veículo de publicar informações sobre chantagem praticada por um hacker contra a primeira-dama, Marcela Temer.

limiA liminar havia sido concedida na sexta (10) pelo juiz Hilmar Raposo Filho, da 21ª Vara Cível de Brasília, a pedido do subchefe para Assuntos Jurídicos da Presidência da República, Gustavo Vale do Rocha, em nome da primeira-dama. Rocha alegou violação da intimidade de Marcela.(…)

Na sua decisão, o desembargador afirma que a liminar contra o jornal “está a padecer de aparente inconstitucionalidade, já que violadora de liberdade que se constitui em verdadeiro pilar do Estado democrático de Direito”.

“Não há, pois, como consentir com a possibilidade de algum órgão estatal –o Poder Judiciário, por exemplo– estabelecer, aprioristicamente, o que deva e o que não deva ser publicado na imprensa”, afirma no despacho.

“Não há qualquer notícia, nas razões do recurso, de que a atividade jornalística da parte agravante [a Folha] seja pautada por uma linha editorial irresponsável ou abusiva, potencialmente violadora da intimidade de alguém, muito menos, no caso concreto, da autora-agravada ou de seu marido, o Excelentíssimo Presidente da República”, escreveu o desembargador.

Entenda – Um áudio usado pelo hacker Silvonei Souza para tentar extorquir dinheiro da primeira-dama, em abril do ano passado, jogaria o nome do então vice-presidente, Michel Temer, “na lama”, segundo o criminoso, que cumpre pena em Tremembé (SP) depois de ter sido condenado em outubro a 5 anos e 10 meses de prisão.

O áudio era uma mensagem de voz de WhatsApp enviada por ela ao irmão, Karlo Augusto Araújo. De acordo com o hacker, Marcela afirma que Temer teria “um marqueteiro que faz a parte baixo nível” para ele. A Folha apurou que se trata de Arlon Viana, assessor do presidente.

A rapidez no esclarecimento do crime de chantagem e extorsão contra Marcela Temer é fruto do trabalho de pelo menos 33 agentes, numa força-tarefa comandada pelo então secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes. Com o avanço da investigação, Moraes foi empossado no Ministério da Justiça e, em seguida, indicado pelo presidente Temer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

*As informações são da Folha de S.Paulo

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