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Governo afegão expulsa jornalista do The New York Times do país

DEU NA ABI – Associação Brasileira de Imprensa

As autoridades afegãs ordenaram nesta quarta-feira, 20 de agosto, a expulsão do correspondente do jornal New York Times, após a publicação de uma reportagem sobre a suposta ameaça de dirigentes locais de assumir o poder para acabar com a crise eleitoral. Governo ordenou Matthew Rosenberg – correspondente do jornal americano em Cabul há três anos – de abandonar o país, após a publicação da matéria sobre a eleição presidencial afegã.

O Departamento de Estado e o jornal criticaram a decisão. O Afeganistão está em um momento de bloqueio político desde a eleição presidencial – primeiro turno em abril, segundo turno em junho -, e ainda não foi possível determinar o vencedor entre os candidatos Abdullah Abdullah e Ashraf Ghani.

Rosenberg publicou na terça-feira uma reportagem na qual afirma que “poderosas figuras governamentais” vinculadas às forças de segurança “ameaçam” formar um governo interino se o país não superar rapidamente a crise política. “O New York Times publicou vários artigos do mesmo tipo com base em fontes governamentais que pedem anonimato”, anunciou o Ministério Público afegão, para justificar a expulsão. Segundo o NYT, Matthew Rosenberg, de 40 anos, foi convocado a revelar as fontes, o que se recusou a fazer.

*Com informações da AFP

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Expulsão de jornalista norte-americano da Rússia aumenta preocupações com liberdade de expressão

A Rússia emitiu um comunicado nesta terça-feira (14), em que proíbe por cinco anos a entrada do jornalista norte-americano David Satter no país. O jornalista, que sempre criticou abertamente o presidente russo, Vladimir Putin, encontrava-se em Moscou desde setembro de 2013, trabalhando para a Radio Free Europe/Radio Liberty, emissora financiada pelo governo dos EUA. No entanto, foi banido da Rússia depois de ter relatado as manifestações contra a quebra do pacto entre a União Europeia e a Ucrânia.

David Satter é o primeiro jornalista impedido de permanecer na Rússia desde a Guerra Fria

Satter, de 66 anos, trabalhou como correspondente na Rússia do Finantial Times e do Wall Street Journal e é autor de três livros sobre a União Soviética e a Rússia. Durante a cobertura das manifestações na Ucrânia contra uma associação do país à Rússia, Satter ficou sabendo que sua presença era “indesejada”. A embaixada americana em Moscou emitiu nota oficial criticando a decisão do governo da Rússia.

O tratamento dado por Moscou ao repórter aumentou as preocupações sobre a liberdade de expressão antes da Olimpíada de Inverno de Sochi, em fevereiro. A última vez que a Rússia começou um jornalista americano foi em 1982, quando a Guerra Fria ainda abalava o mundo. A vítima na época foi Andrew Nagorsky, correspondente-chefe da Newsweek.

De acordo com comunicado emitido pelo Serviço de Migração da Rússia, o jornalista teria violado regras de permanência no país e a decisão de não permitir sua volta ao país não teria razões políticas. “David Satter permaneceu na Rússia em um período superior ao permitido por lei. Ele foi multado e submetido à deportação administrativa após a decisão do tribunal”, disse a nota. A decisão de expulsar o jornalista do País foi determinada pela justiça russa no fim de novembro.

Segundo a página pessoal de Satter, o jornalista viajou até Kiev, capital da Ucrânia, para uma exibição do seu filme “Age of Delirium”, um documentário sobre o declínio da União Soviética, e foi abordado por um diplomata da embaixada russa que lhe entregou um comunicado que dizia: “Os órgãos competentes decidiram que a sua presença no território da Federação Russa não é desejada. Você está proibido de entrar na Rússia”.

“Esta é a forma como geralmente são expulsos os espiões. Em quatro décadas de trabalho na Rússia nunca tinha visto esta fórmula aplicada a um jornalista. Isto significa que, por alguma razão maluca, me consideram uma ameaça à segurança”, disse Satter ao The Guardian.

Com informações de O Globo, BBC e Reuters.

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